ࡱ> ]_\P0bjbjWW4V55P( <<<<<PPPP<\PI+:""""*******$,/J*<*<<""+'''<"<"*'*''r'("ZP~ (*+0I+.(z//((/<)'**'I+/  :A PRTICA DE ATIVIDADE FSICA PARA PESSOAS QUE TM TRAO FALCIFORME OU ANEMIA FALCIFORME SOUZA, M. A.; PIMENTA.,R.; GARCIA, M.; 4 RODRIGUES, G. M. C.; 5 DEL BIANCO-BORGES,B 1,2,3: Acadmicos do curso de Educao Fsica da Faculdade Cala Fiori de So Sebastio do Paraso, MG. 4 e 5 docentes Faculdade Calafiori de So Sebastio do Paraiso, MG. Contato: HYPERLINK "mailto:marceloadsouza@outlook.com" marceloadsouza@outlook.com,; HYPERLINK "mailto:robisonpimenta@hotmail.com" robisonpimenta@hotmail.com;  HYPERLINK "mailto:marlonmaromba20@hotmail.com" marlonmaromba20@hotmail.com; gismarcastro@yahoo.com.br INTRODUO O termo hemoglobinopatias refere-se a uma gama de doenas ocasionadas por alteraes numa protena denominada hemoglobina que est presente nas hemcias. Quando esta tem sua estrutura alterada, o glbulo vermelho tambm tem a sua forma modificada, o que prejudica o seu transporte atravs das artrias e veias. Isso pode levar oxigenao deficiente do organismo (RAMALHO et al., 2003). O trao falciforme uma condio hereditria da hemoglobina, protena cuja funo transportar o oxignio que est dentro das hemcias para o interior das clulas do organismo. Esse trao gentico costuma ser benigno, mas durante exerccios fsicos extremos, o nvel de oxignio nos msculos pode diminuir a ponto de fazer com que alguns glbulos vermelhos mudem seu formato normal de disco para a forma de foice ou meia-lua. Esses glbulos alterados podem bloquear os vasos sanguneos dos msculos, rins e outros rgos, representando assim um grave risco para alguns atletas durante a realizao de exerccios intensos. (EICHNER, 2008). A presente reviso de literatura tem como objetivo discutir sobre o trao e anemia falciforme e a correlao destas alteraes genticas com o desempenho em exerccios fsicos. REVISO DA LITERATURA Os distrbios hereditrios das hemoglobinas constituem as doenas genticas mais frequentes no homem e mais difundidas no mundo. Dentre as centenas de hemoglobinopatias hereditrias, a que apresenta hemoglobina S (HbS) recebe esta denominao porque a hemcia ao invs de apresentar um formato lenticular, bicncava, passa a ter um formato de foice, podendo desenvolver um tipo de anemia denominada de anemia falciforme (SANTANA et al., 2012). Anemia uma condio em que o contedo de hemoglobina no sangue est abaixo do normal, como resultado da carncia de um ou mais nutrientes essenciais, seja qual for a causa dessa deficincia. H pelo menos seis tipos de anemia conforme apresenta Quadro 01 (ROCHA et al., 2009). A anemia falciforme uma doena de carter hereditrio e gentico causada por anormalidade de uma protena componente das hemcias. uma anemia hemoltica de herana autossmica recessiva, causada por uma mutao na posio 6 do gene da globina beta da hemoglobina (Hb). Este ponto de mutao promove a substituio do cido glutmico pelo aminocido valina, induzindo a produo de uma hemoglobina "anmala", tornando-a em forma de foice, falciforme. A anemia falciforme acontece quando o indivduo portador de hemoglobina SS (Hb SS) (SANTANA et al., 2002. ). A diferena entre anemia falciforme e trao falciforme est na concentrao de hemoglobina normal (A) e hemoglobina anormal (S) que circulam no organismo. Indivduos com trao falciforme tm uma mistura de hemoglobina A e S (AS). Porm, em termos de herana gentica, a hemoglobina A tem carter dominante sobre a hemoglobina S, recessivo. Assim sendo, pessoas que tem hemoglobina AS no so necessariamente doentes (EICHNER, 2008). Embora o trao falciforme geralmente apresente bom prognstico, durante exerccios fsicos extremos, o nvel de oxignio nos msculos pode abater a ponto de fazer com que alguns glbulos vermelhos modifiquem seu formato normal de disco para a forma de foice ou meia-lua. Este fato acarreta no acmulo de hemcias alteradas que podem bloquear vasos sanguneos dos msculos, rins e outros rgos, sendo um grave risco para alguns atletas durante a realizao de exerccios intensos (EICHNER, 2008). Pesquisas sobre fisiologia do exerccio mostram como e porque hemcias com trao falciforme acumulam-se na corrente sangunea de atletas durante as sesses de vrios tipos de exerccios. As clulas falciformes obstruem os vasos sanguneos e causam colapso em decorrncia de uma rabdomilise (arritmias cardacas e/ou insuficincia renal mioglobinrica aguda). A morte pode ocorrer devido a complicaes do quadro agudo de rabdomilise. Em indivduos com trao falciforme, a falcizao pode ter incio aps 2 ou 3 minutos de esforo extremo. Calor, desidratao, altitude e asma podem induzir hemcias normais a adquirirem o formato de foice (SANTANA et al, 2012) . Estima-se que no Brasil h mais de 2 milhes de portadores de Anemia Falciforme. O agravo consiste no fato de que muitos destes sequer desconhecem esta situao o que, caso sejam praticantes de atividade fsica, pode colocar suas vidas em risco (MOREIRA et al., 2002). Segundo Eichner (2008), no final dos anos noventa, a falcizao foi responsvel pela morte de nove atletas: cinco jogadores de futebol americano universitrios, dois atletas do ensino mdio (um deles basquetebolista) e dois pr-adolescentes de dozes anos que treinavam futebol americano. Por sua vez, a identificao de pessoas com trao falciforme possvel de ser realizada j nos primeiros dias de vida atravs do teste do pezinho (RAMALHO et al., 2003). Enquanto o trao falciforme se caracteriza por ser uma hemoglobinopatia gentica hereditria de cunho silencioso, a Anemia falciforme apresenta sinais clnicos e sintomas bem caractersticos como: crises dolorosas, ictercia, lceras, infeces e atraso na maturao fsica (MOREIRA et al., 2002). Independente se a pessoa apresenta trao falciforme ou anemia falciforme, h que ter cuidados especficos para a realizao de atividades fsicas conforme as consideraes apresentadas no Quadro 02. Quadro 01: Quadro 01: Caractersticas dos principais tipos de Anemias TIPO CARACTERSTICASFerropriva Depleo de ferro. Tratamento: suplementao de ferro / alimentao enriquecida com ferro.Perniciosa Depleo de vitamina B12 . tratamento: repor nveis de Vit. B12 no organismo.AplsticaDoena auto-imune - medula ssea diminui a produo de clulas sanguneas. Tratamento:transplante de medula ssea, transfuso de sangue .HemolticaAutoimune: o sistema imune produz anticorpos que destroem as clulas sanguneas. Tratamento: medicamentos e/ou remoo do bao.Fanconini Etiologia gentica - caracteriza-se por apresentar sintomas como anomalias nos dedos da face. Pode ser diagnosticada por volta dos 6 anos de idade, ao observar os sinais clnicos da doena. Seu tratamento feito com transplante de medula ssea e com imunossupressores.Falciforme Gentica e hereditria, que ocorre quase que exclusivamente em indivduos da raa negra ou em seus descendentes. Hemcias em formato de foice (Hb SS). No h cura. Tratamento consiste em medicamentoso e transfuses Peridicas de sangue. Fonte: Adaptao dos autores frente literatura consultada Quadro 02: Recomendaes em relao a prtica de atividades fsicas por pessoas que tm trao Trao Falciforme ou Anemia Falciforme TRAO FALCIFORMEANEMIA FALCIFORMEEvitar exerccios extenuantes, pois podem desencadear o fenmeno de afoiamento. O calor e a desidratao aumentam o afeioamento, sobretudo por que dificultam o exerccio e diminuem a quantidade de oxignio no sangue. A asma induzida pelo exerccio e o ar rarefeito das altitudes tambm aumentam a falcizao em virtude da baixa concentrao de oxignio no sangue. -No fazer esforo extremo de qualquer natureza por mais de 2 ou 3 minutos sem pausa. -Ter sempre mo suplemento de oxignio no caso de jogos em altitude. -No fazer sprints (Velocidade mxima que um atleta atinge correndo) com mais de 500 metros sem pausa. -Controlar a asma. Modificar os exerccios. -Diminuir o ritmo do treinamento. - No fazer corridas de tempo.O portador de Anemia Falciforme tem que ter dois cuidados bsicos em locais de altitude superiores a 5.000 ps (1.500 metros): manter-se sempre bem hidratado impedindo assim que o plasma sanguneo aumente sua viscosidade e, evitar situaes de estresse e fadiga, como exerccio fsico principalmente o intenso. Pesquisas afirmam que "a maioria dos profissionais de Educao Fsica tem receio de prescrever exerccio fsico para pacientes com Anemia Falciforme por inmeros motivos, principalmente pelo risco de levar hipxia. O Doente Falcmico pode praticar uma atividade fsica, mas com muita moderao, devido s manifestaes inconvenientes decorrentes de um stress e fadiga. Fonte: Adaptao dos autores frente literatura consultada CONCLUSO Em decorrncia do alto ndice de pessoas que possuem trao falciforme imprescindvel que antes de iniciar uma srie de treinamento sejam realizados exames clnicos minuciosos a fim de esclarecer as caractersticas relacionadas ao estado de sade. A possibilidade de ocorrer afoiamento mediante a prtica de atividades fsicas muito relevante, portanto, o diagnstico preventivo fundamental. J pacientes com Anemia Falciforme a atividade fsica a ser prescrita deve considerar que embora os mesmos apresentem baixo rendimento, a proposta promover qualidade de vida com segurana. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS EICHNER E. R. O trao falciforme e o atleta. Sports Science Exchange. Gatorade Sports Science Institute, abr/mai/jun. 2008. Disponvel em: http://www.gssi.com.br/. Acesso em 15.08.2013. MOREIRA, G. F.; NETO, L. M.; FERNANDES, P. A.; FICARELLI, V. F. ASPECTOS FISIOLGICOS DA ATIVIDADE FSICA EM PORTADORES DE ANEMIA FALCIFORME. 2002. 31 F. Trabalho de Concluso de curso (Especializao em Fisiologia do exerccio) - Universidade do Estado de SO PAULO/ UPM, SO PAULO, 2002. ROCHA, B.; WINTERSTEIN, P.J. & AMARAL, S.C.F. Interao social em aulas de educao fsica. Rev. bras. Educ. Fs. Esporte, So Paulo, v.23, n.3, p.235-45, jul./set. 2009. SANTANA, L. S.; GASPAR, J. C.; SANTOS, N. F. G.; AMARAL-TOMA, M. Conhecimento dos Educadores Fsicos sobre os Riscos do Trao Falciforme Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 9, n. 17, jul./dez. 2012, ISSN 1807-8850. XY dz|gUC1* h`h @#h'%h @5CJOJQJ^JaJ#h'%h|25CJOJQJ^JaJ#h|2h|25CJOJQJ^JaJ)h'%hl5CJH*OJQJ\^JaJ&h'%hl5CJOJQJ\^JaJ&h'%h|25CJOJQJ\^JaJh|25CJOJQJ^JaJ&h'%hl5CJH*OJQJ^JaJ&h'%h @5CJOJQJ\^JaJ h`h @CJOJQJ^JaJ&h`h'%5CJOJQJ\^JaJ Y \ j u }1G![{o$dhxxa$gd`$dhxxa$gd`gd'F$d7$8$H$a$gdl$a$gdLf \ d e  1 2 M N i j t u v  7 ջջջɥuuufWh`h666666666666666666666666666666666666666666666666hH6666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666666662 0@P`p2( 0@P`p 0@P`p 0@P`p 0@P`p 0@P`p 0@P`p8XV~ OJPJQJ_HmHnHsHtHJ`J dNormal dCJ_HaJmHsHtH d d 9Q;Ttulo 1$<@&*5CJ KH OJPJQJ\aJ mHsHtHf f D Ttulo 2$<@&,56CJOJPJQJ\]aJmHsHtH` ` dTtulo 3$<@&&5CJOJPJQJ\aJmHsHtH>A > Fonte parg. padroTi@T 0 Tabela normal4 l4a ,k , 0 Sem lista T/T 9Q; Ttulo 1 Char"5CJ KH OJPJQJ\^JaJ V/V D Ttulo 2 Char$56CJOJPJQJ\]^JaJP/P d Ttulo 3 Char5CJOJPJQJ\^JaJ:: 3p Sumrio 1d\]XB 2X m0Corpo de textoxCJOJQJaJmHsHtHN/AN m0Corpo de texto CharCJOJQJ^J`> R` '#Ttulo<@&a$*5CJ KHOJPJQJ\aJ mHsHtHP/aP '# Ttulo Char"5CJ KHOJPJQJ\^JaJ XJ X _4 Subttulo <@&a$ CJOJPJQJaJmHsHtHL/L _4Subttulo CharCJOJPJQJ^JaJnS n dRecuo de corpo de texto 3`CJOJQJaJmHsHtHl/l dRecuo de corpo de texto 3 CharCJOJQJaJmHsH6U`6 @0 Hyperlink >*B*ph`^` :@0 Normal (Web)ddd[$\$CJOJPJQJaJtHvv :@Tabela com grade7:V0PK![Content_Types].xmlj0Eжr(΢Iw},-j4 wP-t#bΙ{UTU^hd}㨫)*1P' ^W0)T9<l#$yi};~@(Hu* Dנz/0ǰ $ X3aZ,D0j~3߶b~i>3\`?/[G\!-Rk.sԻ..a濭?PK!֧6 _rels/.relsj0 }Q%v/C/}(h"O = C?hv=Ʌ%[xp{۵_Pѣ<1H0ORBdJE4b$q_6LR7`0̞O,En7Lib/SeеPK!kytheme/theme/themeManager.xml M @}w7c(EbˮCAǠҟ7՛K Y, e.|,H,lxɴIsQ}#Ր ֵ+!,^$j=GW)E+& 8PK!.atheme/theme/theme1.xmlYMoE#F{om'vGuرhF[xw;jf7q7J\ʉ("/z'4IA!>Ǽ3|^>5.=D4 ;ޭªIOHǛ]YxME$&;^TVIS 1V(Z Ym^_Ř&Jp lG@nN&'zξ@F^j$K_PA!&gǬへ=!n>^mr eDLC[OF{KFDžƠپY7q~o >ku)lVݜg d.[/_^йv[LԀ~Xrd|8xR{ (b4[@2l z "&'?>xpxGȡIXzg=2>ϫPCsu=o<.G4& h`9Q"LI(q }93̲8ztzH0SE+$_b9rQkZVͣiV 2n*=8OSyZ:"⨹ppH~_/PŴ%#:viNEcˬfۨY՛dEBU`V0ǍWTḊǬXEUJg/RAC8D*-Um6]Ptuyz*&Q܃h*6w+D?CprloSnpJoBӁc3 chϿ~TYok#ހ=pGn=wOikZoiBs͜zLPƆjui&e E0EMl8;|͚ 64HpU0)L O3 e:(xfä)Hy`r~B(ؘ-'4g\вfpZa˗2`khN-aT3ΑV \4  o`v/] f$~p p@ic0As\ @THNZIZ[}i RY\qy$JyϣH9\,AZjyiǛ)D]n|%lڟX̦l熹EЀ > 6ljWY DK/eby_膖L&W`VcJT14fS!:UJ0A?y6Xg1K#[]y%[BTRlwvSLɟ)4.Xt|zx\CJ#Lw@,e_}֜aN}jHP؏T$فdfl,YdTI]Zd+zoPnI hYC=!kk|l1Qn6MBŊ]|-_Ǭf^ Mθڎ`R+Wh1,Q >H *:[䠙A@V_ .ap64+lt^7st G5;Mb8s9x<ڮjI~11qM2%M2K94uo%PK! ѐ'theme/theme/_rels/themeManager.xml.relsM 0wooӺ&݈Э5 6?$Q ,.aic21h:qm@RN;d`o7gK(M&$R(.1r'JЊT8V"AȻHu}|$b{P8g/]QAsم(#L[PK-![Content_Types].xmlPK-!֧6 +_rels/.relsPK-!kytheme/theme/themeManager.xmlPK-!.atheme/theme/theme1.xmlPK-! ѐ' theme/theme/_rels/themeManager.xml.relsPK] P(!V 7 v*-L0P0')*o4 &!!"#$),P0 !"#$%&(d1MP(XXX8@0(  B S  ?!/ 1 9 ; 'Vdvhjbg!!V%Y%Z%]%R(Y_\d!     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